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Vencedor Rudá Asa Alumínio

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Phoenix, subcampeón.

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Crioula, cinta azul de la regata.

Fuente info APJ Esportes

Rudá Blue Seal surpreende e vence 72ª Regata Santos-Rio

Decisões táticas corretas levaram a tripulação do barco do Guarujá ao título da Classe ORC, entre as principais embarcações da vela oceânica do País

São Paulo (SP) – O Rudá Asa Alumínio, de 43 pés, é o campeão da Classe ORC na 72ª Regata Santos-Rio. No tempo corrigido o barco do Guarujá ficou à frente do Phoenix (ICS) e do Maestrale 4 (ICRJ). Na VPRS, vitória do C30 Loyalty 06 (VDS/ICRJ), seguido por Ventaneiro 3 (ICRJ) e Xamã Matrix (ICS), vencedor da Santos-Rio em 2021 com 37h29m20 no percurso de 200 milhas náuticas (360 km).

Na BRA-RGS deu Força Maior, de Ubatuba, com BL3 Urca, de Ilhabela, em segundo lugar, à frente de Inaê 40. O Fita Azul, primeiro a cruzar a linha de chegada, foi o barco gaúcho de 52 pés, Crioula, com 27h03m11. A equipe do velejador olímpico Samuel Albrecht, porém, ficou em quinto lugar na ORC após correção dos tempos. O recorde da Santos-Rio segue com o também gaúcho Camiranga com 18h09 na 65ª edição.

“Foi uma regata bastante técnica com muitas mudanças na direção do vento. Não foi uma prova muito pesada em termos de mar, mas exigiu várias decisões e estratégicas. O vento foi fraco desde o começo e nós adotamos opções táticas que deram certo e ficamos muito surpresos com o resultado uma vez que concorremos contra tripulações com vários profissionais. Foi uma vitória inesperada. Agora vamos partir para o Circuito Rio”, disse o comandante do Rudá, Mario Martinez.

O moderno Phoenix, um Botin 44, foi conduzido do Iate Clube de Santos (ICS) ao Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ) por experiente tripulação, que teve o bicampeão olímpico Torben Grael como timoneiro. “O desempenho do Phoenix foi muito bom. Sabíamos que a regata não seria boa para os barcos da frente, pois após a parada do vento na manhã de sábado, o vento entraria por trás (sul), trazendo a flotilha e comprimindo os barcos”, analisou Torben, vice-campeão em 2022 e maior vencedor da Santos-Rio como comandante, com seis títulos.

“Optamos por velejar mais junto à costa, o que se mostrou uma boa opção. Ficamos pouco tempo parados e andamos sempre com um bom ângulo em relação ao vento. Conseguimos estabelecer manter vantagem sobre todos os concorrentes, exceção ao Rudá. Perdemos por apenas 40 minutos, o que, devido às circunstâncias, entendo ser um ótimo resultado”, considerou o ganhador de cinco medalhas olímpicas.

Estratégia bem-sucedida – Outro experiente velejador de oceano é o comandante do terceiro colocado da ORC, Maestrale 4, almirante Adalberto Casaes. “Como sempre, a Santos-Rio foi uma regata difícil, com seus tradicionais ‘portões’ virtuais decidindo os vencedores. O percurso, da largada até a montagem da Ponta do Boi, em Ilhabela, apresentou rondadas e vento com pressão variável. Depois, até a aproximação ao Rio de Janeiro foi preciso fazer a escolha decisiva: abrir para o mar ou manter-se mais próximo da costa”, revelou Casaes.

A Santos-Rio confirmou a característica de uma prova muito tática. “Neste ano acabou sendo vantajoso não se afastar tanto da costa, evitando-se as bolhas sem vento mais ao largo. O primeiro momento foi favorável àqueles que velejaram mais próximos de terra. Finalmente, a chegada ao Rio, no terceiro e último ‘gate’, enfrentamos grande obstáculo. Ao anoitecer, o vento foi reduzindo de intensidade, dificultando para os barcos mais lentos e favorecendo os ponteiros, mais velozes. No caso do Maestrale 4, de apenas 31 pés, conseguimos fazer boas escolhas e conquistamos um excelente terceiro lugar na ORC”, comemorou o almirante Casaes.

Eficiência da Classe C30 – O Loyalty, que neste ano obteve resultados expressivos na Classe C30 em Florianópolis e Ilhabela, também deixou para trás barcos maiores. “Foi ótimo vencer na VPRS, uma classe que oferece um equilíbrio maior para os barcos mais modernos. A C30 é hoje uma das melhores classes de barcos de oceano do País. Optei por procurar um projetista e adequar as velas ao regime de ventos da costa brasileira, o que trouxe mais velocidade ao Loyalty”, relatou o comandante Alexandre Leal.

“Traçamos uma tática muito acertada, que nos permitiu andar sempre próximos aos barcos maiores e mais rápidos. Tivemos algumas dificuldades com o vento, ficamos muito tempo parados no fim da tarde de sábado, caso contrário poderíamos ter vencido também na ORC. Mas regata é assim mesmo, acontece com todos os barcos. Temos apenas seis tripulantes e trabalhamos o tempo todo. A mescla entre velejadores mais jovens e mais experientes fez a diferença. Estão de parabéns”, exclamou Leal.

Circuito Rio – As demais classes em disputa na Santos-Rio tiveram como vencedores, Força Maior (UIC) entre os Clássicos, OKA, de Angra dos Reis, na Bico de Proa e Xavante, do Guarujá, na Mini Transat 6.5. Os 25 barcos que cruzaram a linha de chegada na Baía de Guanabara permanecem no Iate Clube do Rio de Janeiro para o tradicional Circuito Rio, de 11 a 15 de novembro, aberto anualmente pela Regata Santos-Rio.

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